Desvendando Bonito MS: 6 Mitos (e Medos) que Você Precisa Deixar Para Trás!

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Se você já sonhou em visitar Bonito, no Mato Grosso do Sul, provavelmente ficou dividido entre o encantamento das fotos dos rios cristalinos e algumas dúvidas que sempre aparecem. “Será que é muito caro?”, “e se eu não souber nadar?”, “vou dar de cara com cobra ou onça?”.

A verdade é que Bonito é um destino incrível, mas que ainda carrega alguns mitos que acabam assustando quem está planejando a viagem. E é sobre isso que vamos falar aqui: separar o que é lenda do que realmente acontece.

1. "Bonito é caro"

Esse é o mito que mais assusta quem ainda está no planejamento. É verdade que Bonito não é o tipo de destino de mochilão raiz, com tudo baratinho. Mas chamar de “caro” não faz jus à experiência.

O sistema de visitação é diferente de outros destinos: todos os passeios têm preços tabelados, definidos em conjunto com a prefeitura e as agências. Isso significa que não existe leilão de preços ou surpresas desagradáveis. O valor que você paga cobre guias credenciados, equipamentos, seguro, manutenção das trilhas e, principalmente, a preservação ambiental.

Se parar para pensar, é até um modelo justo: a natureza continua intacta porque existe um controle rígido. É como pagar não só pelo passeio, mas pela garantia de que esse paraíso vai estar lá também para as próximas gerações.

👉 Dicas para gastar menos:
  • Viaje na baixa temporada: de março a junho e de agosto a novembro, os voos e hotéis caem de preço.

  • Monte roteiros equilibrados: combine passeios mais caros (como flutuações) com balneários, que têm ingressos mais acessíveis.

  • Reserve com antecedência: além de garantir vaga, evita pagar mais caro em transporte de última hora.

Alguns passeios com excelentes valores

2. "Precisa saber nadar"

A flutuação é o passeio mais famoso de Bonito, mas também o que gera mais insegurança. Muita gente pensa: “eu não sei nadar, não vou conseguir”. Só que a realidade é bem diferente.

Nos rios de Bonito, você não precisa dar uma braçada sequer. A roupa de neoprene e o colete salva-vidas garantem que você não afunde. O guia vai explicar tudo antes de entrar na água, e a principal instrução é: relaxe e deixe a correnteza te levar.

Além disso, existe barco de apoio em alguns passeios, como no Rio Sucuri, na Barra do Sucuri e no Aquário Natural. Se alguém não quiser continuar flutuando, pode simplesmente seguir acompanhando pelo barco.

Quem entra com medo, geralmente sai maravilhado — é comum ver gente que nunca tinha colocado o rosto na água dizer que foi a melhor experiência da viagem.

Alguns passeios de flutuação e apoio de barco

3. “Só jovens e aventureiros aproveitam Bonito”

Esse mito vem da fama de passeios radicais, como rapel no Abismo Anhumas ou mergulhos de cilindro em cavernas profundas. Mas a verdade é que Bonito é para todos os perfis.

  • Famílias com crianças: balneários como o do Sol e a Praia da Figueira são ideais, com áreas rasas, estrutura de restaurante e muita diversão.

  • Casais: podem aproveitar flutuações tranquilas, caminhadas leves e passeios de contemplação, como a Gruta do Lago Azul.

  • Melhor idade: há opções sem esforço físico, como passeios de barco, contemplação de grutas e até trilhas com percursos curtos e acessíveis.

Ou seja, dá para ir desde com criança de colo até com avós. O segredo é personalizar o roteiro conforme o perfil da viagem.

Veja alguns passeios para famílias e todas as idades

4. “Chegar lá é complicado”

Bonito está no interior do Mato Grosso do Sul, e isso dá a impressão de que é um lugar de difícil acesso. Mas não é.

Você tem duas opções:

Aeroporto de Bonito (BYO)
Aeroporto Regional de Bonito BYO Bonito MS

Recebe voos diretos de algumas capitais, como São Paulo. Prático para quem quer chegar rápido.

Campo Grande (CGR)
Aeroporto de Campo Grande CGR Mato Grosso do Sul

A capital do estado recebe mais voos, geralmente mais baratos. De lá, são cerca de 4 horas até Bonito, em estrada boa, podendo ir de carro alugado ou em transfers confortáveis que saem em vários horários do dia.

5. “A experiência é a mesma em qualquer época do ano”

Esse mito vem da ideia de que “se é natureza, tanto faz a data”. Mas Bonito se transforma conforme a estação.

  • Estação da seca (abril a setembro): rios ainda mais cristalinos, ideais para flutuações. O volume das cachoeiras é menor, mas a transparência da água impressiona.

  • Estação das chuvas (outubro a março): rios continuam lindos, mas as cachoeiras ficam em seu auge, a vegetação fica mais verde e os animais aparecem mais.

Na prática, não existe época ruim. O que existe é a época certa para o seu objetivo: quem sonha com águas translúcidas deve priorizar a seca; quem quer sentir a força das cachoeiras vai amar o verão.

Épocas de menos Chuvas: rios ainda mais cristalinos
Rio Sucuri em Bonito MS
Épocas de Cheias: Mais água, mais volume nas cachoeiras
Estância Mimosa Bonito MS Cachoeiras

6. “É perigoso por causa de cobras e onças”

Esse é o mito que mais gera receio, principalmente em famílias. A imagem de topar com uma cobra no meio da trilha ou ver uma onça no passeio assusta — mas na prática, não é assim.

  • Cobras: fazem parte do ecossistema, mas os encontros são raros. Elas têm mais medo de nós do que nós delas. O guia sempre orienta a andar nas trilhas demarcadas, e com isso o risco é praticamente zero.

  • Onças: ver uma é como ganhar na loteria. São animais noturnos, que evitam contato humano. A presença delas é sinal de equilíbrio da natureza, mas não representa perigo nos passeios.

  • Jacarés e piranhas: estão lá, sim, mas convivem pacificamente. Jacarés ficam tomando sol nas margens e as piranhas não atacam banhistas em áreas controladas.

Em compensação, o que você vai ver de verdade são araras-azuis e vermelhas no Buraco das Araras, tucanos, capivaras e macacos-prego. Ou seja, a vida selvagem em Bonito não é ameaça — é atração.

Bonito não é um destino inacessível, exclusivo para aventureiros ou cheio de perigos escondidos. É, na verdade, um lugar onde tudo é pensado para que o visitante viva a natureza de perto com segurança e conforto. Os preços são tabelados, os passeios têm controle de visitantes e os guias locais estão preparados para cuidar de cada detalhe da sua experiência.

A cada mito derrubado, fica claro que Bonito é democrático: cabe no orçamento certo, acolhe crianças, jovens, casais, idosos e qualquer pessoa que queira se conectar com um pedaço único do Brasil. E a vida selvagem, que tanto assusta quem só ouviu falar, é justamente o que transforma o passeio em algo inesquecível — ver uma arara riscando o céu ou um cardume de peixes nadando ao seu lado é muito mais comum do que qualquer encontro com os “bichos do medo”.

Se existe um risco real em Bonito, é o de você se encantar a ponto de querer voltar sempre. Então, em vez de adiar esse sonho por causa de mitos, que tal começar a planejar sua viagem com quem entende do destino? Assim, sua única preocupação será escolher qual será a lembrança mais marcante da viagem.

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